Lepam
Apresentação:
O LEPAM - Laboratório de Estudos e Intervenções em Patrimônio Cultural e Memória Social é Grupo de Pesquisa com o objetivo de reunir pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento que lidam com estes objetos de pesquisa. Ligado ao PGH UFRPE também está registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa
Entendemos, sinteticamente, o Patrimônio Cultural e a Memória Social como o conjunto de artefatos materiais e práticas imateriais que são selecionados por determinada comunidade ou grupos sociais com o objetivo de representar uma identidade coletiva.
As políticas culturais trataram os objetos da cultural material e imaterial reconhecidos como Patrimônio Cultural de diferentes maneiras (Choay, 2006; Oliveira, 2008) fazendo das ações de tombamento de bens imóveis e do registro de bens imateriais suas principais ferramentas jurídicas (Castriota, 2009; chuva, 209; Chuva e Nogueira, 2012).
Contudo, Tal ação estatal não é mais significativa que as inúmeras iniciativas de diferentes comunidades que elegem determinadas práticas sociais e seus suportes como objetos representativos da sua identidade. Estas comunidades de sentido (Anderson ) também operam diferentes táticas e estratégias (Certeau) para legitimar e preservar seus objetos de memória. (Lemos 1987; Laraia, 1997; Hall, 2004)
A operação de seleção dos elementos significativos que representam grupos sociais pode incidir de variadas maneiras nas comunidades; seja consolidando um discurso de construção de capital cultural por meio do qual se mantêm rituais ou se reutilizam de objetos, seja pela perpetuação de narrativas por sucessivas gerações, seja por meio de violências simbólicas que selecionam ou abafam memórias e reelaboram pertencimentos (Bourdieu e Chartier, 2002).
Nesse processo de reconhecimento das identidades a Memória Social, construída e difundida coletivamente, apresenta a forma como as comunidades recuperam seu passado, compreendem seu presente e projetam seu futuro (Le Goff, 1996, Halbwachs, 2006).
Como Objeto da política cultural oficial, que deseja construir uma representação uniformizadora do passado, o Patrimônio Cultural e a Memória Social são sucessivamente reinventados pelos grupos sociais interessados em manter e preservar uma identidade cultural. Esse processo pode ser observado tanto nas seleções que orientam a leitura dos modos culturais, como nas estratégias que permitem a visualização daquilo se deseja que seja lembrado, ou no trabalho de ocultamento do que deve ser esquecido.
Linhas de pesquisa:
Estamos abertos a estudos oriundos de diferentes campos do conhecimento, tais como Educação, Museologia, História, Linguagem, Artes, e outras que lidam com estes objetos a partir de diferentes olhares e referenciais teóricos e metodológicos. Assim nos interessam temas como:
a) a descrição das características particulares de determinado objeto do Patrimônio Cultural e/ou da Memória Social – edificações, paisagens, rituais ou coleções entre outros – focando temas como sua historicidade, processo de significação, forma de transmissão, de seleção, entre outros;
b) o estudo do papel objetivamente desempenhado por bens patrimoniais e/ou Memórias Sociais – como narrativas de memória, objetos da cultura material ou manifestações populares – na construção das identidades de grupos sociais particulares como comunidades locais ou étnicas e suas manifestações tradicionais, entre outras;
c) a análise do significado de determinado bem patrimonial e/ou Memória Social – sejam artefatos, coleções, sítios históricos entre outros – no campo simbólico e suas implicações na produção e reprodução das representações sociais.
d) descrição e análise de práticas de conservação, documentação, pesquisa e comunicação envolvendo objetos culturais realizados em diferentes suportes e instituições.
Este ST, portanto, está interessado em reunir trabalhos com diferentes abordagens teóricas e metodológicas que tenham o Patrimônio Cultural e a Memória Social como objeto de reflexão teórica ou campo de intervenção.
Pesquisadores:
Ricardo de Aguair Pacheco (UFRPE) (líder)
Bruno Fernandes Alves (UFPE)
Bruno Melo de Araújo (UFPE)
Emanuela Sousa Ribeiro (UFPE)
Rose Mari do Nascimento Fraga (UFRPE)
Maria Lana Monteiro de Lacerda (UPE)
Diretório dos Grupos de Pesquisa: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8067035227945705
Referência bibliográfica:
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa, PT: Difel, 2002.
CANCLINI, Néstor, García. Culturas Híbridas: Estratégias para entrar e sair da Modernidade. São Paulo: Edusp, 2000.
CHARTIER, Roger. História cultura: entre práticas e representações. Lisboa, PT: Difel, 2002.
CASTRIOTA, Leonardo Barci. Patrimônio cultural: conceitos, políticas instrumentos. São Paulo: Annablume, 2009.
CHAUI, Marilena. Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Perseu Abramo, 2000.
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo, 2001.
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CHUVA, Marcia e NOGUEIRA, Antonio Gilberto Ramos (orgs.) Patrimõnio Cultural: políticas e perspectivas de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2012.
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ORCID : <a href="http://orcid.org/0000-0003-1346-3808"target="_blank">0000-0003-1346-3808</a>
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